segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Eu não vou dizer

Não direi que te amo!
É que você já sabe, e  parece clichê
Me parece hipocrisia, repetir dia após dia
Tentando lhe convencer!

Eu não direi que te amo
Mesmo que isso arda, e doa dentro de mim,
Vou guardar em silêncio, vou seguir

Não direi que te amo,
Mesmo no silêncio de meus lábios,
O brilho de meus olhos deixam transparecer
E você sabe, então não direi

Não direi que te amo,
O brilho dos olhos, da janela da alma,
Basta observar, e logo não precisa dizer.

Não direi que te amo,
Como se houvesse necessidade de lhe convencer
Por que simplesmente te amo,
E isso todos conseguem ver!

Não direi que te amo,
Ou direi? Já não sei...
Só sei que isso, não preciso esconder!

"Seria o fim do poema,
Ou o poema o começo do fim?"

12-11-2014

sábado, 14 de janeiro de 2017

Palavras não ditas

Não sei se eu olhava a lua
Ou a lua olhava pra mim,
Não sei se lembrei me dela
Ou na verdade nunca a esqueci
Há algo que falta, alegria talvez,
Há algo de errado, o mundo? Não sei
Perco meu tempo, a procurando em outrem
O tempo não volta, e me perco também.
Estou tão cansado, mas do que eu não sei
E fiz tantas perguntas, mas respostas, quem tem?
Se nisso tudo, tesouro existiu
Alguém me roubou
Levou todo o ouro
E meu coração, em cacos partiu
Coisas que escrevo e arquivo
Tantas coisas que deveria ter lhe dito
Cartas, frases, palavras
Que não chegam até você
Tudo aquilo que um dia, eu devia ter dito
Antes de lhe perder
É que eu posso até estar errado,
mas eu só sei amar você

domingo, 1 de janeiro de 2017

Folhas brancas, palavras vazias

Hoje as folhas voltaram a cair,
Secas e pesadas como pedras,
Sobre meu coração, despedaçado
Em mil pedaços espalhados pelo chão.

Quais serão as angústias que me aguardam?
Quisera eu saber, Quisera eu voltar o tempo
E viver tudo que foi bom, de novo
Quisera eu a felicidade, que por entre os dedos... Me escapou.

É tudo um jogo, de muito mal gosto
O tempo, o mundo, o tudo
Nada sei do amanhã, o ontem já passou
E agora me perco, sem direção, tão pouco vontade.

O cansaço me dominou, e da vida?
Nada quero, nada espero, apenas vivo.
Não recomendo.
Qual o tempo necessário, passado presente ou futuro; confuso

Viajo por entre palavras, sem saber a pronúncia,
É um devaneio novo, nada demais,
Vinde a mim morte querida, Vinde sem demora
Ontem passou, agora perdido estou, e sobre o amanhã? Quem conhece?

É tanta raiva dentro de mim,
Há tanto ódio éxplodindo pelas minhas veias,
Tantas folhas secas, pesadas, e embaixo? 
Pobre coração, dilacerado, mil pedaços

Sem salvação.