quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Fobia de gente

-Desculpa, eu precisava ficar sozinho.
-Mas você já estava sozinho.
-Sim mas no seu mundo, eu precisava do meu mundo. Seu mundo é muito cheio, cheio de gente vazia, disso eu tenho fobia, me desculpe,  eu realmente precisava ficar sozinho.
E foi assim mais uma vez, saiu em meio a multidão, sumiu sem destino, procurando um caminhos que chegasse a algum lugar, todos os caminhos levam a algum lugar, mas nem todo lugar é bom para estar. Headfone no último volume, e ainda assim ouvia o som da multidão, cada qual em um mundo particular, insignificante em sua essência, tanta gente, mas tanta gente vazia! Balbuciando em bando, e ele em sua alcatéia de um lobo só.
Sentou - se no banco da praça, e ficou a esperar pela serena luz do luar, paz para a mente ou liberdade para a alma? Escolha um tanto quanto difícil tenho de admitir, o que é a morte? Dela nada conhecemos, seria um sopro, somente um momento e então, a solidão de uma cova rasa, uma lápide mal cuidada, de que importa? Quando tal dia chegar querida morte, não tarde espero eu, venha com sei vestido longo e seu riso mórbido, traga também a foice e alguns demônios, eu insisto, sei bem para onde vou, e vou em paz. Tanta gente, tantas pessoas vazias, e eu cheio, mas cheio de angústias, perguntas, e está maldita fobia. Um dia eu quis fazer parte deste mundo, isso foi a muito tempo atrás, tanto tempo que quase não me lembro mais. Morte querida, eu sei que sempre esteve lá, me observando, me estudando, mas nunca para me levar. Esta tudo errado e ninguém percebeu, morte querida, tudo seria diferente se toda esta gente abrisse seus olhos, a vida é uma leve brisa, que logo se acaba, e daqui?Nunca levamos nada.
Morte seria prosa ou poesia? Uma leve pitada de agonia, um tempero a mais, a velha fobia, morte querida, que capa linda está em suas costas, tuas vestes negras fazer parte da história, com esta mesma roupa foi buscar Shakespeare? O maior poeta de todos, por tal pessoa  tenho profunda admiração, boca calada e mente turbulenta, pouco a dizer é muito a ensinar, morte querida, não tarde em me buscar.

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Tic tac

Tic tac, o relógio me disse
Tic tac, o tempo não para
Tic tac, a vida que vai
Tic tac, não fique pra tráz.

Tic tac, não tem mais fim
Tic tac, o que falta em mim?
Tic tac, cansei de existir,
Tic tac, me leva daqui?

Tic tac, quanto tempo passou?
Tic tac, até parece que foi ontem
Tic tac, mas tudo mudou.

Tic tac, deixar de pensar
Tic tac, deixa o tempo passar
Tic tac, deixa a vida acabar.

domingo, 25 de dezembro de 2016

Rascunho

Seria possível recomeçar? Pergunto - me dia após dia, e resposta para esta questão não há. E acontece que já estou cansado, tão cansado a ponto de minhas mãos estarem trêmulas, e a letra nesta folha branca de papel, tremida, quase impossível de ser lida. Em meu peito há uma angústia sem fim, um vazio enorme que toma conta de mim, um vazio que nada preenche, uma dor invisível, que remedio algum cura, uma dor que ninguém vê, somente eu a sinto, e é tão forte, a ponto de me enlouquecer, minha razão se esvai um pouco cada dia, e cada dia mais, porém a vida continua.
Digo isso para mim mesmo, todo dia, eu tenho que acreditar que é possível continuar, tenho que acreditar que isso é uma verdade, é que eu vou chegar a algum lugar, eu conheci a felicidade, mas foi por tão pouco tempo, e do seu gosto hoje, eu nem me lembro, vivo todos os dias aquele momento, aquela vontade de estar noutro lugar, mas é se realmente eu pudesse estar em outro lugar qualquer? Onde eu estaria?  Tenho que parar de fazer perguntas a mim mesmo, já que eu nunca encontro as respostas, tenho pensado tão somente em desistir.
Como se isso fosse realmente uma opção, acionar a saída de emergência, e ver aonde isso me levaria, é preciso coragem, e não sei se eu seria capaz, de fechar os olhos e descansar em paz, será que existe alguma razão para tudo isso? As respostas para minhas perguntas tem demorado muito a chegar, estou cansado de esperar, são dias difíceis, e eu já não sei como vencer.
Caminhar é preciso, seja qual for o caminho, no meu há somente pedras e espinhos, é muita dor. Eu preciso de outro caminho.
Há algo que me faz falta, eu só não sei o que é, há um caminho para mim, eu só ainda não o encontrei. E tenho tomado decisões erradas o tempo todo, esta na hora de começar a acertar. Um passo atrás seria um passo em vão, mas olhar o passado é preciso não é mesmo? Os erros passados não devem ser repetidos, nunca devemos repetir o mesmo erro.
Um passo de cada vez e um dia saio deste poço, gostaria apenas de ter alguém, para segurar minha mão e dizer que tudo vai ficar bem, mesmo sem convicção alguma, apenas por nos conceder esperança, as vezes precisamos de esperança. Tão somente para sorrir e continuar, um passo depois do outro. É possível vencer.
A vida poderia ser um filme, qualquer filme, com um final feliz, o mais improvável possível por favor. Faço questão, não sei o que fazer, juro que queria saber, juro que queria um caminho para seguir, eu juro, não quero desistir. Mas a saída de emergência está bem ali, pronta para ser acionada, junto com as marcas, as marcas de minha depressão.
Tão cansado para continuar e ainda assim eu prossigo, meu anjo da guarda deve estar mesmo muito orgulhoso de mim.
Um dia talvez ao acordar eu não. Queira mais me levantar, talvez eu queira dormir para sempre, quem poderia me culpar? Mas este dia... Não é hoje. Hoje eu vou lutar.

domingo, 18 de dezembro de 2016

Recomeço sem fim

Eu sabia, sim, desde o começo eu sabia,
Mas foi então que o mundo girou,
E então pouco a pouco, a pergunta mudou
E a resposta? Hoje já não sei.

Levo em mim, a esperança
Mas um pouco dela morre a cada dia
Meus pés continuam a caminhar
Poucos metros a cada vez, devem continuar

O que segue junto a mim,
É solidão, e denso frio,
Dilacerando um pobre coração

Até minha sombra me deixaria
Até o céu, sobre minha cabeça cairia
Até a vida, de mim fugiria

Um dia esta tudo bem,
No outro, tudo diferente está
Mais um dia, e tudo logo acabará
Muitos dias se passaram, e nada...

A vida continua, como um forte rio,
E do fim? Não sei, mas sei que tudo tem um fim
E para cada fim um novo começo,
Acaba sendo, um recomeço sem fim.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Quando acabar

Decidi fechar os olhos, assim será melhor, viver em sonhos, nos mais belos sonhos, onde não há dor, tão pouco flechas de fogo, dilacerando minha bela, triste vida, digna de morte, com a maior dor que há.
Maior que a própria imensidão, o azul do mar, a dor de amar, chorar sem razão, perder-se na solidão, procurar em vão, tentando encontrar a luz, em meio a escuridão.
Na escuridão do sono, que agora me entrego, viver de sonhos, até que pesadelos se tornem, apenas por pensar, que... Que nunca terei você.
Até mesmo a lua, que amante de todos os amante é, para mim, tão bela já não é, a solidão que tão bem conheço, amiga de anos, machuca e fere como fogo, e durante meu pesado sono, eu imploro neste sonho: acorde-me quando tudo acabar, beije-me de leve, e diga que foi tudo um sonho, diga-me para não mais sonhar.
Será possível viver em meio às sombras, criadas por minha própria claridade, da luz que se foi, e do silêncio que chegou, calmo como o mar, triste e bucólico como amar.
Olhe em meus olhos, veja o que esconde-se por trás de minhas palavras, bata na porta deste frágil coração, e quem lhe responderá é a própria solidão, em um leve sussurro, murmúrio quase mudo "aqui, não há ninguém".
Não diga que não sabe o que fazer, não tente dizer, que não sabe o que dizer, dormirei ainda por algum tempo, enquanto flechas disparadas por minha amiga, a solidão, dilaceram minha pele, e aos poucos despedaçam meu coração, durmo, esperando sempre pela hora de acordar, e todos os diad voltar ao mesmo pesadelo, de sua boca não beijar, acorde-me quando tudo isso acabar, diga-me que tudo foi apenas um sonho mal, e diga também, para não mais sonhar.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Prazer, eu

Eu sou aquele tipo de cara, que as vezes se pega sozinho (mais sozinho ainda se é que é possivel), com lágrimas nos olhos após lembrar - se de um fato real, ou alguma cena de um filme triste. Aquele cara que ainda mantém a fé na humanidade, e que as coisas podem ser melhor para nós, eu sou aquele tipo de gente que está lá quando precisam, mas acaba ficando pra tráz no outro dia, eu sou assim, meio sei lá.
Muitas vezes calado, mas com milhões de pensamentos juntos em uma mente barulhenta, uma mente turbulenta, a tempestade está vindo, eu posso sentir, o frio em meus ossos, congelando meu coração, dominando minha alma, o lado escuro e mal de tudo que há, decidiu em mim habitar.
Aceito de bom grado este fardo, e carregarei em silêncio pelo resto dos meus dias, seja lá quantos dias ainda houver, é desumano carregar o peso do mundo todo em minhas costas, eu não sou um titã para esta missão, mas aceito de bom grado mesmo assim, avisem ao mundo, que este garoto, não vai desistir.
O tempo passou, e minhas lágrimas tem secado todas no chão, lágrimas que ninguém vê, e nos pulsos levo as marcas desta depressão. As cicatrizes vão bem fundo debaixo desta pele tatuada, bem mais fundo do que eu gostaria de admitir, sou este tipo de cara, que suporta calado o peso do mundo. Que segura as lágrimas em público, e que se tranca no quarto, se isolando do mundo.
Eu sou o tipo de pessoa que estende a mão a qualquer outrem que precise, não precisa nem pedir, e apenas sorria e me abrace para agradecer, as vezes tudo o que preciso é de um abraço.
Eu vi o final do mundo várias vezes, é como diz a canção, no outro dia tudo estava bem. Eu tenho esperança no futuro, para todos nós, basta que queira seguir ao meu lado, caso a resposta seja sim, me dê sua mão, e um leve sorriso, o mundo será melhor, se permita seguir, continuar, se for o caso recomecar, vou contigo pelo caminho, até o fim. E no fim acharemos motivos para... sermos felizes.

domingo, 27 de novembro de 2016

Ela

Ela, não é o tipo de garota que sai para beber,
É aquela que prefere um filme, e uma boa conversa,
E uma vitamina que faz bem
Ela é o tipo de menina, que já teve o coração partido, e já não sabe como seguir
E ainda assim ela levanta-se todos os dias,
Sim ela luta todos os dias
Ela é diferente de tudo que já conheci
Um sorriso doce, um livro
E uma vontade de reinventar incrível,
Ela é poesia, melodia linda
Um refrão intenso, e versos únicos,
Ela prefere estar sozinha,
A estar cercada por tanta gente vazia
Ela é aquela, que me acalma com um riso, e poucas palavras
Ela usa aquele batom vermelho, em lábios perfeitos.
Ela é magia, encanto e mais um pouco de poesia,
Não é daquelas de copo cheio e coração vazio
Ela é simples e cheia de calor
Ela gosta de café forte e quente,
Como deveria ser o amor
Ela é tudo e muito mais,
Ela tem até seu próprio mundo...
E eu? Não tenho nada que possa lhe agradar.

sábado, 19 de novembro de 2016

A chuva

Ouço os pingos caindo sobre o teto, a chuva
Sinto o vento gelado, pela fresta da janela
Cortando o rosto, dilacerando
Marcando minh'alma

Pingos, chuva continua a cair
Mas não é este o problema,
A chuva, se parece com minhas lágrimas
O problema são as memórias

Ouço os pingos, a chuva
Vozes do passado, fantasmas,
Memórias que a chuva traz,
E não leva mais.

O frio gelou meu corpo,
Mas há tempos habita meu coração
O frio, o vento, a chuva
A alma que dói...

"Uma noite longa, pra uma vida curta"
A chuva, o frio, nuvens, sem sol
Falta você...
Só não falta a solidão

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Palavras antigas

As luzes estão, uma a uma se apagando,
Tudo tão de repente, desde que meu sol se foi,
Logo não sobrará nem um brilho fosco,
Nem um feixe de luz, das trevas escapará,
Densas trevas, a noite eterna logo deve chegar!
E é nesta hora, que a luz de seus olhos deveria me encontrar.
Deveria me guiar, pelo caminho, todo caminho que eu trilhar.

Com as trevas veio o frio
Seus braços não estavam lá
No momento em que mais precisei
Foi a ausência que abracei
Pude ver e sentir toda, toda a angústia
Ao alcance de minhas mãos

Quando se foi, nem ao menos perguntei,
E tudo aquilo que passou, foi em vão?

Foram só momentos,
Sem sentimentos,
E mesmo estando juntos,
Foi apenas solidão

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Palavras ao vento e sem sentido

O ar está tão pesado ultimamente, acho que isso se deve ao fato de estar carregado de lembranças, dor, sofrer e solidão. Eu estou tão cansado, e as marcas que carrego, só me puxam mais pra baixo, já não sei de onde tirar forças pra continuar, na realidade eu já não quero mais continuar.
Dois níveis de angústia se revezam dentro de meu peito, e por vezes ela é como uma mão, e fica ali, apertando meu coração, esta mão aperta e me machuca tanto, que por vezes penso que ele deseja parar, mas ainda assim ele bate, me mantém vivo, pobre coração, por vezes desejo que está mão o arranque se mim, pudera eu viver sem coração? Desejo com todas as minhas forças.
Outras vezes a mesma mão enfia uma faca no coração, e meu peito arde em dor, mas não sangra, é uma dor que apenas eu sinto, e a faça é girada dentro deste meu peito, a agonia vem tão forte, mas tão forte, e eu só consigo desejar a morte, mas a morte, ela foge de mim. Ela corre tão veloz e me deixa aqui, neste quarto escuro, chorando sozinho, com estas lembranças me cercando, o ar é rarefeito. E eu morro pouco a pouco cada momento.
A vida segue normalmente lá fora, é claro pois o mundo não para por nada, nunca iria parar por causa da sua dor, ninguém liga e o máximo que as pessoas dizem é que tudo vai ficar bem, mas elas não sabem como é,  elas deveriam nos deixar em paz, afinal paz é tudo que eu quero.
Por Deus, pelos deuses, eu só quero paz, eu que não acredito e vossa existência, clamo por paz de teus braços, Deus se existe, é a hora. Mas continuo só, todos estamos sós neste universo, e quando queremos a morte ela demora a vir, enquanto isso eu agonizo pouco a pouco, instante a instante.
As pessoas estão me vendo morrer, mas nada podem fazer, eu só lamento, só posso lamentar, uma vida inteira de dor, e a culpa é só minha, nem mesmo de atrair a morte para mim mais rápido sou capaz, um fracasso, sempre fui, é o que sou, um fracasso. Continuo vivo, aliás sobrevivo, por que viver não é isso. Gostaria de mais, o tempo se vai lentamente, eu gostaria que fosse mais rápido, mas está congelando, eu vou morrer sei que vou, mas não sei a hora, que agonia é isso?
Precisamos falar sobre isso, mas só consigo conversar comigo mesmo, não quero mais ninguém envolvido em minha dor, escrevo minha dor nestas palavras, por que sei, serão poucos que vão as ler, serão poucos a entender, e continuarei em segredo, segredos meus, minhas dores da alma, do coração, do desapego, não desejo a vida. Mas a morte não vem.
Cada dia esta mais próxima eu sei, cada dia me ama mais, eu sei, a maioria das pessoas lutam contra a morte. Mas logo eu tinha que ser ao contrário dos outros, logo eu tinha que lutar contra a vida? Já não sei o que é vencer para mim, mas continuo, não por mim, mas pelos que estão a minha volta, uma hora, a hora vai chegar.
Vou me libertar da dor, da mão e da faca, seja para vida ou para morte, ou renascerei, ou partirei para Arcádia, o lar dos poetas mortos. Poesia foi minha vida, e o que há de mais poético que a morte?
Faz parte, a dor, o sofrer, esta me transformando em algo melhor, se eu passar por isso, vencerei, mas o que é a vitória para quem tem lutado contra a vida?
O tempo vai mostrar.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Pouco a pouco

Parece cocaina, mas é só tristeza.

Tenho passado muito do meu tempo calado,
A base de café e sofrimento,
Não,  eu não desejo conversar,
De que adiantaria desabafar contigo?
Eu lhe diria o que sinto, você diria entender,
mas sabemos, não entenderia,
Você irá dizer que vai passar,
mas a única coisa que passa é o tempo,
O meu tempo que se esvai dia após dia,
Não perca seu tempo dizendo saber como é,
Não sabe, esta dor é somente minha,
Por isso a carrego em silêncio,
Sem pretensão de alívio,
As vezes eu grito, sim eu grito,
Tão alto e com todas as minhas forças,
Mas ninguém parece escutar,
Ninguém parece se importar,
Por que tem que ser assim?
Hoje eu sou o que restou da maldita dor,
O que restou da solidão,
Pedaços e cacos, que você não quis juntar,
Levou o melhor de mim,
E foi me matando, pouco a pouco, dia após dia.
Tanto que hoje não se se venci o dia,
Ou foi o dia quem venceu.
Sobrevivo. Isso não é vida,
Não é nada, são apenas cicatrizes,
Tudo vai ficar bem,
Não é nada demais, é o meu sangue,
O melhor de mim,
Não é nada demais,
Nada demais.
Se parece muito com cocaina,
Mas é só uma tristeza terrível,
Dor sem fim, e pelo que sei,
Tudo deveria ter um fim,
Não é nada, dos pulsos, meu sangue
No chão, é só meu sangue,
e pedaços do que era meu coração
Frágil
Quebrado
Morto
Traga álcool, preciso,
Traga algo forte, o pior veneno,
É o amor, que mata aos poucos
Pelo que sei,  isso não morre,
Amor mata, devagar,
E morro um pouco a cada dia
E ainda assim...
Todos acham que é cocaina...
Mas como diria meu amigo Renato,
É só tristeza.

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Um dia

Um dia você aprende a diferença,
A sutil diferença entre viver e sobreviver,
E aprende que não importa quantas facas há em suas costas,
Todos dirão que, tudo vai ficar bem
Aprende que pequenos gestos fazem toda a diferença, mas ninguém se importa.
Aprende que existe sim amor, mas espalha por aí...
Que o amor é banal.
Um dia você aprende, será obrigado a aprender,
Que a vida não é como um conto de fadas,
E no final nem todos ficam felizes
Vai aprender, ah se vai,
Que desejar a morte na realidade,
Não é pecado algum,
E vai ver que, a morte não vem quando se deseja,
Aprenderá que o sentimento te corrói, e a dor destrói, mas ninguém nota.
E vai sangrar, vai chorar até se esgotarem suas lágrimas,
E desejar que ter coragem suficiente,
Para romper os pulsos,
Sentir a dor uma vez mais, pela última vez talvez.
Um dia você aprende, que há uma tênue linha,
Entre o saber e a ignorância, e ,
Vai ver por si mesmo, que quem muito fala...
Na realidade não tem nada a dizer.
Aprenderá, talvez tarde demais...
Que o mundo não para, e o tempo te esmaga,
No final descobre, que só queria viver...
Um dia você descobre,  que sobreviver,
Nunca será o suficiente,
Vai sentir o sangue escorrer, 
De cortes que você mesmo fez,
Amenizando o sofrer, em vão
E vai aprender que nada,
Absolutamente nada cura um coração.
Vai parar de brincar e se tornar adulto, ou vai morrer.
Em pouco tempo vai aprender,
Que quem você menos espera,
Lhe estenderá a mão,
E que nenhuma dor se compara, 
A solidão.
Um dia você aprende,
Que não importa quantas pessoas haja em sua volta
É apenas mais um na multidão,
Provará do veneno e nem notará,
Morre um pouco a cada dia
Caminhando em uma estrada,  na contra mão,
Sem saber como voltar.
Um dia se aprende,
O mundo há de lhe ensinar,
Vai chorar, vai sangrar, vai aprender,
Talvez seja tarde,
Tarde demais para viver...

domingo, 2 de outubro de 2016

Poema inacabado


Aviso: "estas próximas palavras são uma mistura de minha dor, meu sangue, minha agonia e minhas lágrimas,  então caso não se importe, ou caso não tenha sentimentos, não perca seu tempo, não mais leia"

Em suma, tudo tem início, meio e fim, é o que dizem
É claro que não seria diferente para nós,
Quero dizer, para mim, que diferença faz? Não lembro mais.
Eu sei, é não penso ser o único a saber, como é...
Andar em meio a multidão, ter amigos, e ainda assim;
Estar só
Passei muito tempo, ou foi o tempo que passou, eu não sei
E dia após dia tenho adiado o fim, como antes, mas diferente desta vez.
Eu tenho estado tão cansado, que agora...
Meus pensamentos se alinharam, culminaram em desistir
Aceitem como quiser, mas aceitem que;
Hora ou outra, todos temos que partir.
Meus melhores heróis morreram de overdose,
E agora penso, por que não?  Why not?
O que dizer? Se lembranças eu levo aos milhões,
Você tocou mais que meu violão, mais que uma melodia,
Marcou, e envenenou meu coração.
Eu quero um veneno qualquer, que mate rápido,
E um copo de café, bem quente por favor,
Entendam, eu tenho que partir
E nem ao menos sei para onde vou, ou seja;
Nem tente me seguir,
Valhala talvez, quem sabe Arcádia,  lar dos poetas mortos...
Ou o submundo, o lugar pouco importa,
Só não posso mais permanecer aqui.
Morte, venha logo, vestida de preto, como deve ser,
Uma noite sem luar, nem estrelas a iluminar,
Bem sabes que lhe espero, desde a tenra adolescência, e,
Particularmente, nunca gostei de esperar,
Então venha logo, please, e um imploro,
Perdoe o sangue, as lágrimas,  estou tão cansado,
O mundo não parou, para mim.
Eu lutei demais, e me importei demais, por coisas demais, por tempo demais
E hoje, já nem sei mais,
Como Shakespeare diria, "não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam"
e assim eu sou,
Um poema inacabado, ninguém quer saber,
Entre milhões, ninguém se importa,
Eu sei, é mais fácil ignorar,
Tenho que ir, vou partir logo,
Cansei de esperar

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

A hora de partir

Todos têm o direito de desistir, depois de terem sido fortes demais, por tempo demais, suportando coisas demais, com meus heróis foram assim, os melhores partiram de overdose, por que não?  Não parece uma má idéia, quando analisada de perto.
Então eu deveria realmente desistir, e o que devo fazer? Eu resisti por muito tempo, e, já não tenho mais forças pra continuar, então o que devo fazer nos próximos dias, provavelmente seja inevitável, é  meu destino, foi pra isso que nasci, e, acho que a morte já me esperou por muito tempo, falta pouco, e tenho muito a decidir.
Como vai ser destino? Só imploro que me deixe partir, quando a hora chegar, e ela logo chegará,  não levarei arrependimentos desta vida, somente um pouco de dor, nada de amor, acontece.
E a vida nada mais é que um sopro, Uma brisa leve, que logo chega ao fim, até que demorou, mas a decisão foi tomada, sou homem, não voltarei atrás jamais. Tenho que partir, a vida vai seguir para todos, por alguns dias talvez lembrem de tudo que não fui, nada fui, e nada serei. Uma vida inútil,  uma morte inútil,  apenas mais um. É  chegada a hora, a hora de partir.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Saída de emergência

O relógio parou, ou será que enlouqueci?
Outro copo de café, pois não posso dormir,
Teria o tempo parado para mim?
São apenas armadilhas da vida, foi o próprio diabo, quem me contou outro dia,
Vai ver é por isso,
Que o relógio já não gira, desde aquele dia,
Foi dia de lágrimas, e sangue
Foi dia de agonia!
O próprio diabo me abraçou,
Eu, ele é a solidão,
Trevas, minha vida, e nada mais.
O que se segue, é sempre uma incógnita,
Se meu advogado é o próprio diabo
Que esperança hei de ter?
Depois do erro a redenção, é o que dizem
Quisera eu acreditar, que minha vida não foi em vão
Ter uma saída de emergência, é sempre bom
Seriam os pulsos? Eu hei de descobrir
O relógio continua parado, e eu?
Enlouqueço um pouco a cada dia, pobre de mim...
Pobre diabo, o sangue, o tempo
Os pulsos, uma saída.

Soneto de despedida

A vida passou, e me deixou aqui,
Sem saber para onde ir,
Sem mapa, radar ou direção,
A vida simplesmente me deixou

Fiquei só, pela janela
O horizonte a olhar,
No azul do céu, emaranhado de nuvens,
A vida continua a passar,

Que fraco que sou
Que não consigo seguir,
Esquecer, a dor que sinto

Tudo se foi, nada restou,
Ficou o vazio, do tempo que passou,
E do que eu sabia, tudo se apagou

domingo, 25 de setembro de 2016

Início, meio e fim

O bem e o mal, existem sim
Dentro de cada um de nós
Bem como a sabedoria e a loucura
Separados apenas por uma simples e tênue linha.

Se enlouqueço um pouco a cada dia
Pouco ou quase nada sei
E assim Pergunto - me quando,
E onde, aprenderei a viver.

Foi um lapso de tempo
E por muito tempo, a felicidade busquei
Mas felicidade pra poeta? Que ilusão
Poesia é amor, é dor. Apenas isso

Deixei então, a sonhada felicidade pra lá
e Abraço hoje meu destino
Seja ele poesia e solidão, dói e frustração
E a loucura hoje jorra como sangue, de dentro de mim

São só palavras sem nexo
Palavras lançadas ao vento
Minha vida, um poema...
E tem início,  meio e fim.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

"Estou bem"

-Olá, tudo bem? Diga - me, como você está?
A pergunta ecoa dentro de nossas cabeças por certo tempo, não é verdade? São tantas dúvidas,  onde antes tínhamos certezas, e hoje a única certeza, é que um dia tudo acabará, mas um meio minuto, e responderei:
-"tô bem"
Mas e quem sabe o que esconde este "tô bem"? Quem sabe em quantos pedaços seu coração foi partido, e quantas facas há fincadas em suas costas? Mas você continua falando que "tá bem" afinal, de suas verdades e suas dores, ninguém precisa saber.
E mente para si mesmo a cada dia, dizendo quê, se as coisas não estão tão bem assim, logo vão ficar, o mundo vai girando, e vai colocando as coisas no lugar. Mente para si mesmo, para manter a esperança viva, não é mesmo? Eu vou te falar, que eu sei como é. Eu sinto está dor, talvez não a mesma, mas tenho as mesmas facadas nas costas, e também carrego no peito, um coração dilacerado, e um corte aberto, que não cicatriza, e cada dia mais... dói, mas ninguém vê, e ninguém vai saber.
Todos os dias, antes de sair de casa, visto - me do meu melhor sorriso, Levo comigo minha melhor máscara, é apenas mais um dia, um dia que "tô bem", vou seguindo meu caminho sozinho, sou uma ilha, em meio a tantas outras, sem conexões  com outros mundos. Tenho um mundo só meu, nele há uma fortaleza, um muro forte, nada nem ninguém pode derrubar.
E antes de dormir, penso se venci, ou fui vencido, faço planos novamente, e no outro dia juro a mim mesmo, que vou vencer,  e um dia vou... Eu sei. Vou caminhar.
Procuro alguém, em outra ilha, que caminhe ao meu lado, haverá alguém?  Alguém que assim como eu, também "tá bem"? E juntos ficaremos bem. Quem sabe, vai dar certo, é claro que vai, as estrelas me contaram, e a lua me segredou, que tenho direito a vencer, a vitória é minha, é nossa, basta querer.
Então me de sua mão, vamos caminhar. Fazer do passado um rascunho, e um mapa para o futuro,  guardar os melhores sorrisos, dos momentos que se foram.
Me dê sua mão, vamos caminhar, não posso arrumar meu passado, nem o teu, mas podemos comprar, construir, e escrever um novo amanhã,  me dê sua ilha, sua mão,  venha comigo... Vamos caminhar. Recomecar.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

O ponto final.

O que dizer? Quando se acorda com o mundo caindo sobre você?
Como se em uma manha perfeita, uma tarde linda de outono, e acabando;
Uma noite sombria de inverno...
O que fazer quando tudo ao seu redor parece estar contra você?
E quando as estrelas não mais conspiram em nosso favor?

Seria loucura desejar a morte para se livrar do peso da dor?
Olhe no espelho... Lave seu rosto e contemple seus olhos vermelhos,
Cansados de tanto chorar!

Quando a noite sombria e escura começa a te assustar!
E você deseja com todas as suas forças que a morte te encontre e te livre...
Do medo... O medo de não mais amar!

O que mais te apavora? Quando você olha ao seu redor e não vê nenhuma opção,
Nenhuma estrada para trilhar, nenhuma porta aberta,
E os amigos estão todos a se afastar!
Corra em direção ao pôr-do-sol, Não deixe que ele se vá...
E com ele sua vida... Não desista, falta pouco para a felicidade voltar

O que te faz feliz? Quanta for você pode suportar?
Escute as vozes dentro de sua cabeça, Que ordenem os cortes,
Nos pulsos, as linhas... as marcas, os cortes... a depressão...

A escolha é sua, sempre foi!
Agora contemple a conseqüência dos seus atos, e veja o sangue dos seus pulsos a escorrer,
O que te faz feliz? A dor é sua companheira!

Dor e solidão, Companheiras intimas, Fiéis, Nunca irão te deixar,
Veja a luz no final do túnel, não é a felicidade, se chama morte,
Mas a morte pode ser paz. Tudo depende de você... e do que pode te deixar bem,
Que os deuses de acompanhem em sua jornada... Até Arcádia,
Ou pra onde tu quiser chegar!

A felicidade, as marcas... Solidão, Dor e Depressão!
Os cortes, os pulsos, o sangue, a morte...
O que você deseja?

E por quantas vezes você tentou em vão ser feliz?
Por quantas vezes a felicidade escapou por entre os dedos de suas mãos?
Quantas e quantas vezes você chorou ao ouvir um não?

Bastaria a solidão, bastaria a dor
Por que felicidade? É ilusão!
E disso todos sabem...
Os pulsos, o sangue, os cortes e a morte...
O fim... O ponto final.

Duelo de egos

Hoje eu acordei, em meio a gritos de minha mente doentia, parte dela gritava; pare e desista, contra gritos de vamos seguir em frente, egos opostos dois lados meus, razão e emoção dublando, cérebro e coração em guerra, e gritei,  com os lábios fechados pela dor,  pedi silêncio. Eu preciso do silêncio.
Mas minha mente tão turbulenta já não me ouve mais, e meu coração cego pela dor, só pensa em parar, eu estou perdido em meio ao caos, é só uma crise e vai passar, tudo passa quando morremos, não é mesmo?
Levantei contra minha vontade, pôs a vontade era dormir pra sempre, vesti o jeans surrado de sempre, e a camisa negra como minha alma, sinal de luto... Há uma parte de minha que morre cada vez mais, dia após dia, e o corpo insiste em continuar.
As cicatrizes são profundas, debaixo destas vestes negras, ninguém deveria sofrer assim, é sofro em silêncio, já não penso em reagir. Guardo minha dor a sete chaves, mas uma hora ou outra isso vai explodir, não quero estar lá quando acontecer, por que quando acontecer, tenho certeza que será o fim.
Há quem diga ser o fim um novo começo, besteira, mentiras que contam pra mim, ainda há aqui esperança,  a última a morrer, mas no final todas as coisas morrem, esta é a lei.
Tenho me sentido como um fantasma, eu ando,  na contra mão, esperando pela colisão, pelo ponto final, o convite para a escuridão.
Quando a hora chegar, e as sete chaves falharem, quando esta bomba explodir dentro de mim, aceitarei meu destino, de peito aberto, vou abraçar a escuridão, e partir com a solidão, para os campos floridos da morte, doce ingratidão. Vivi, e foi em vão.
Estas palavras sem nexo, exemplificam o caos, o caos instaurado dentro de mim, guerra entre luz e escuridão, cérebro e coração, mas infelizmente, nesta batalha... Quem está perdendo sou eu. E no final, serei apenas um fantasma, se é que algo serei.
Aceito o destino já escrito, dor e sofrer. Aceito está ferida aberta em meu peito, suas palavras ainda doem,  como os cortes em meus braços, o gosto de sangue fresco em minha boca. O sabor da culpa que me fere, o ódio que me cega, a morte que me persegue... E,  nada mais sou.

domingo, 18 de setembro de 2016

Amor, não deveria ser assim.

Não sei porque fui abrir está janela,
Sabendo que lá fora, só haveria a dor,
E amor... Não deveria ser assim,
Deveria ser feliz.

Os cortes no braço, e o sangue que se esvai, dia-apos-dia
Lágrimas pra chorar, acho que já nem tenho mais
O que trago em mim, é está vontade imensa,
Este desejo de morrer,
Mas o amor,  não deveria ser assim.

Porque fui abrir está janela afinal?
Vi as cores do dia, nublado, escuro, cinza
Parecia até minha vida,
Mas a vida, não deveria ser assim.

Outro corte no  braço,  observo o sangue cair,
A dor ameniza por um tempo,
Mas como todos sabemos, ela logo voltará,
O vento sopra lá fora, agitando meus cabelos,
Cortando meu rosto, mas o amor, não deveria ser assim.

Fico aqui entre o sangue e as lágrimas, de um coração...
Dilacerado, esperando por um sinal do além,
Aguardando a morte, que virá logo, eu sei,
Mas o amor, não deveria ser assim.

Encaro a morte dia-apos-dia,
Uma saída de emergência,
Outra janela aberta,
O amor é assim

É a dor que volta,
Eu já não aguento mais,
São versos terríveis,
A procura da paz,
A vida é assim.

Escolher a hora certa para a morte,
Reconhecer que já não dá mais,
O amor, a vida,
A morte é assim.

Vai vir devagar,
Vai machucar muito e cada vez mais,
Amor, não deveria ser assim
Vida, não deveria ser assim
Morte, apenas a morte deve ser assim.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Pensamentos Suicidas.

Por que será que tudo isso acontece? A vida passa tão rápido, e no final, parece que... esquecemos de como viver, gostaria de ser o mesmo que eu era a 7 anos atrás, mas de uma hora para outra tudo mudou, eu não estava preparado. E certezas que eu tinha, viraram duvidas, uma mente entrando em colapso, você sabe como é isso? Sabe como é ter seu coração dilacerado por dentro, enquanto você ainda esta vivo, será que realmente sabe?
Sabe o que é sentir como que uma faca estivesse cravada em seu peito, mas sem ver o sangue, já sentiu tanta dor a ponto de procurar qualquer coisa que fizesse esta agonia passar? Será que sabe? Eu sei...
“eu quis o perigo, até sangrei sozinho, entenda...”
E realmente sangrei, a dor foi embora por alguns minutos, e houve uma sensação boa, por alguns momento a dor e o sangue quente em meu braço me distraíram, e agora, toda vez que a agonia vem, eu já tenho a solução, um novo corte... já são tantos. Logo só restara um lugar pra cortar. Pergunto-me será que dói? O alivio demora a vir? Como será, simplesmente deixar de existir.
Coragem para isso, São apenas dois cortes, Fundos e certeiros, e tudo vai passar, vamos em frente, já não temos por que parar. Você sabe tanto quanto eu que nada mais faz sentido, então vamos desistir de tudo, deixar tudo, e partir em uma viagem só de ida, vamos encarar como uma aventura. Questão de escolha, mas será que dói?
Vamos atrás de algumas pílulas, uma dose letal talvez seja a solução, uma partida sem dor, já tentou, sabe como é difícil conseguir tais medicamentos? Eu sei, comecei a procurar á alguns dias, agora a receita, tem que ser uma falsificação muito bem feita, afinal ninguém pode desconfiar de nada. Sabemos que no final é tudo sempre igual, sempre um ponto final.
Você realmente tem motivos para desistir, já tentou todas as demais alternativas? Sim eu já tentei de tudo e já chega. Vamos lá.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Apenas vença.

Esqueça tudo de mal que aconteceu aqui, faça dos erros o rascunho de uma nova história,  esqueça tudo, reinvente - se,  só não se esqueça de como levantar e caminhar, isso nunca. Sabe, existem pessoas e pessoas neste mundo, é algumas delas vão tentar te derrubar,  cair algumas vezes é  preciso, apenas para levantar - se mais forte,  lembre - se sempre: a vitória só vendo pra quem nunca desiste.
E desistir por que? Se a cada dia há um mundo novo esperando para ser descoberto, vai lá,  se joga cara, lembre da frase do grande William Shakespeare "não importa em quantos pedaços seu coração está partido, o mundo não para... Para que você o conserte. Então vai lá fora e encha seus pulmões com o ar, e seja livre, não se renda a um pedaço de chão, ou a uma história mal dita, afinal a história se escreve todos os dias. Levante - se e viva.
O que você tem a perder? O que não é seu pode ter certeza que o mundo vai levar embora, um dia após o outro e todos ficaremos bem, fé?  Temos que ter sim, mas em nós mesmos e em nossas capacidades?  Já ouviu o clichê?  "Ninguém sabe o quão forte é,  até ter que ser", cara é a mais pura verdade. E nós podemos ser tão fortes.
Sorria sempre, demoramos pra aprender que não precisamos gelar e escurecer o mundo com nossas sombras, esta doendo não está?  Mas as pessoas precisam realmente saber? Vai lá cara,  faça seu melhor, dê a volta por cima,  lembre que " tudo vale a pena, se a alma não é pequena", vai lá e vença.
Sem sacrifício não há vitória,  e o caminho para a vitória não é nada fácil meu amigo, por isso temos que lutar, enquanto tiver uma gota de sangue em suas veias lute, feche os punhos e sorria, só ria, mas não demais. Tudo que é demais faz mal. Ache o equilíbrio e vamos lá, vamos vencer,  claro que vamos.

domingo, 11 de setembro de 2016

Só penso em partir

É tão ruim está sensação, fazia tanto tempo que não sabia o que era isso, faziam tanto tempo que eu já não sabia o que é estar sozinho, e muito menos este súbito desejo pela morte. Sem exagero. Como isso dói.
O que é isso que foi me matando aos poucos, arrancando um pedaço de mim a cada dia, e hoje?  Quase nada restou, o castelo tão forte que eu tinha, ruiu e veio ao chão, todo de uma vez, e o pior é que já não sei como reergue-lo. Este é o mal de confiar sua vida nas mãos de outra pessoa. Por que pessoas erram, são como pássaros, que crescem, mudam, voam, e vão para longe. Não temos controle sobre isso, e depois acabamos sofrendo,  e que dor terrível é  está, este corte que não sangra, mas também não cicatriza, não se cura, lateja e dói cada vez mais.
Pudera eu amar por nós dois, dez vezes mais eu te amaria, se eu pudesse mudar nosso passado, tudo que errei eu apagaria, mas nem todos os erros foram meus. Eu estou perdido em mais uma noite sem sono, parece que estou em uma noite sem fim. Um pesadelo acordado. Não sei se posso continuar.
Não é covardia, talvez seja um pouco de medo, medo do amanhã, e a culpa é minha, por esquecer como é viver sem ter você. Como eu pude acreditar que seria pra sempre? Que triste que estou, mas a quem isso importa?  As tristezas e alegrias pertencem a cada um de nós, não há o que fazer. Me entregar e morrer, de uma vez ou aos poucos, já não sei mais.
Aguentar o quanto puder, e quando já não puder mais vou desistir,  não é fraqueza, tão pouco covardia. É coragem de assumir que estou perdido, e já não sei o que fazer,  nem como agir,  sozinho, eu só penso em partir.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Folhas molhadas

Eu já não consigo ler o que teus olhos dizem, na realidade nunca consegui entender o que se passa em sua mente, mas por muito acreditei termos os mesmos objetivos. A maioria das pessoas tem uma mente previsível, e é fácil saber o que pensam, e pelo olhar até decifrar um sentimento, não com você.
O teu olhar sempre tão distante, frio e indiferente me enganou, acho que na verdade, para mim nunca olhou, esteve lá é  claro, mas quase que sem estar, pensávamos diferente, talvez,  hoje eu já nem sei no que acreditar. Tenho tentado seguir meu caminho quase como que um fantasma, sem saber por onde ou por que,  apenas por continuar, como diz a musica "mas não precisamos saber pra onde vamos, nós precisamos ir" e assim a vida me ensinou mais uma lição,  talvez a mais dura de todas, algo que eu já sabia e ignorava: tudo tem início, meio e fim. E o fim as vezes chega antes do esperado.
Quem está preparado verdadeiramente para o inesperado? Quem tem coragem de bater no peito e viver. Como se não houvesse amanhã. Infelizmente nunca fui este tipo de pessoa, sou daqueles que ficam em silêncio, e se algo está errado, prefere ficar em casa, afinal de contas o mundo gira, e por que as coisas não voltariam ao seu devido lugar?
Não é  assim que as coisas funcionam meu caro "padawan" dentro de cada pergunta, existe uma resposta, existe uma lição, nada vem de graça e nem fácil, e quando vem... Logo se vai.
E foi vivendo assim que dia após dia fui abrindo este  corte em meu peito, uma ferida que já não cicatriza, uma dor que nunca passa,  as vezes some por um tempo, mas quando menos espero ela volta, mais forte, e o papel em que escrevo fica sendo a fiel testemunha de minhas lágrimas.
O papel que observa tudo em silêncio, poderia  conter respostas, mas nele só há perguntas, e no seu olhar apenas mistério.
Coisas que já cansei de tentar desvendar, sem as pistas necessárias é  quase que impossível conquistar seu coração, entrar nele então? Deve ter sido um sonho apenas a ilusão.
As folhas de caderno molhadas, assim como o travesseiro, frágeis e silenciosas testemunhas deste crime, as cicatrizes em um peito nu, de quem não tem a esconder, apenas mais um, que tenta em um mundo louco e insano... viver.
Quem dera fosse fácil, abrir mãos destes devaneios de verão, e crescer sem ilusão, até as ilusões são difíceis de cortar, vai saber qual delas mantém o castelo erguido, vai saber qual a pedra fundamental da muralha, aquela que pode por tudo a perder, assim como eu fiz. Sou muito nisso, a velha arte de criar expectativas e depois, lentamente por tudo a perder.
Esta tudo nas folhas, molhadas por lágrimas, o registro dos meus erros e acertos, dos amores e devaneios, apenas corações, cartas e paixões.  Pela metade.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Sou eu

"Just take a breath and softly say  good bye"
Breaking Benjamin

Não é tão fácil seguir em frente, quando se é atormentado pelos erros do passado, como se houvesse outra opção, não importa com quantos problemas estamos tendo que lidar ao mesmo tempo, só temos que dar um jeito,  o mundo não vai parar até que consigamos ajeitar as coisas. Tudo tem o seu devido lugar, a vida me ensinou isso, e  talvez o meu seja  para sempre naquele canto, o mesmo de sempre, foram tantos anos e hoje, parece que nada mudou.
Ainda sou o mesmo, aquele que um dia sonhou em ser algo grandioso, o sonho talvez ainda exista... Mas agora ambos os pés presos no chão, me impedem de voar.  É,  parece que nossa existência é  mesmo uma caixinha de surpresas, eu tenho tantos amigos e colegas, tantos, e constantemente me pego falando sozinho. Escrevendo besteiras que para ninguém mais faz sentido, mas é preciso, é  isso que sou, um conto interminável, que ninguém quer ler, apenas uma história, que ninguém gostaria de escrever, um segredo que ninguém quer contar.
Cicatrizes novas e decepções eu coleciono a cada dia, o coração dói, mas sei que esta dor é  culpa minha, dentro de mim existe o bem, mas sempre faço a escolha errada, não são os deuses para os quais eu oro que me traem, sou eu. Sou mal, e por mais que tente fazer o bem, minha essência é  má, Atena, daí me forças pra continuar.
É  tão difícil trilhar o caminho das pedras sozinho, pés descalços sob a chuva, e contra mim vem o vento frio, é  inverno? Eu já nem sei mais,  tanto faz. As escolhas foram feitas, rolem os dados, lancem a sorte, vamos ver no que vai dar. A vida tem me derrotado a cada dia, e segundo após segundo penso em desistir, "o caminho dos fracos" eles dizem, mas quem são eles para me julgar? Acaso são eles que deixam seu sangue em meus espinhos? Ou são eles que pisam nestas pedras e congelam neste frio?
Sou eu, sou mal e tão humano quanto qualquer outro,  assumindo erros e perdas, tentando sempre melhorar. Tudo em vão, não são os outros, não são os deuses, sou eu.
Os poetas andam de mãos dadas com a dor, perseguindo insistentemente o por-do-sol, e eu não sou exceção. Mas isso não passa de um jogo, eu sei,  um jogo que não deveríamos jogar.
Não se deveria jogar valendo a vida ou a felicidade, nem envolvendo sentimentos, mas entrei no jogo, e agora, neste momento, sinto que estou perdendo.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Coragem

Talvez falte coragem, acho que é  isso, falta um pouco de coragem em cada um de nós, para olhar os erros passados, e ver além, erros futuros talvez, o fato é  que falta coragem para o próximo passo. Este próximo passo, que talvez, quem sabe, venha a ser o primeiro rumo a dias melhores. Coragem.
Olhar os erros passados para alguns, pode soar como um ato de covardia, mas a maioria de nós sabe que não é  bem isso. Visualizar o passado é preciso, do contrário em que tomaríamos por base para a construção de um futuro? Outro dia pensei, preciso corrigir alguns erros, mas é claro que isso nao passa de uma ilusão, no passado não se meche, cabe a nós aceitarmos, superarmos e seguir. Tendo sempre em mente, que a cada novo amanhecer, temos nova chance para vencer. Ser melhor não é um propósito, é  uma simples obrigação.
Falta coragem é verdade, o primeiro passo é e sempre será o mais difícil,  mas afinal não é ele que te leva além? É este passo que te fará  alcançar o infinito, acredite nisso. Isso basta, em algum momento de um futuro não muito distante, poderemos olhar para o passado, e orgulhosos de si mesmo  dizer; vencemos.
Perder a vergonha de ser feliz e voltar a sonhar, com dias melhores quem sabe, ser grandioso, tudo isso está dentro de nossas cabeças, deveríamos tentar sabia?
Poucos de nós  sabemos o quanto somos fortes, até que o mundo nos obriga a ser, poucos conhecem a capacidade que tem, ate ter que usar. E são muitos os que morrem, pouco a pouco, um dia de cada vez,  sem nem ao menos saber.
Por falta de coragem, vá  entender,  sem coragem não há caminhada, e logo não há  sucesso. É  preciso colagem.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Sem tempo

Ultimamente temos acompanhando a vida passar tão rápido, como que pela janela de um automóvel, sem tempo, acaba sendo sempre está a desculpa, para não resolver os problemas,  para adiar conversas que resolveriam muitos problemas, para ficar em casa, isolado no quarto ou dentro da fortaleza da solidão.
É  o mal dos tempos modernos, a velocidade, tudo hoje é  de tal forma veloz, que não temos tempo pra viver, e assim sendo, tudo o que fazemos hoje é  sobreviver. Muitas vezes com vergonha de ser feliz.
O tempo fica dividido entre trabalho e estudo, e no meio tempo uma soneca, acabamos por esquecer das amizades, o que temos são colegas de profissão, e assim seguimos, cada um em uma direção. Mas alguém lembra qual era o plano inicial?
Temo que a resposta seja não, é  triste ver quantas pessoas tem desistido de seus sonhos, e esquecido do caminho longo e doloroso que traçou, imaginando o pote de ouro, no final do arco íris, ouro de tolo é  tudo o que restou. Assim a humanidade caminha, passos largos rumo ao fim, um caminho cheio de incertezas, e aquele porto  segura que nunca chega, tudo o que temos são problemas,  e quando paramos pra pensar, mais problemas, talvez seja hora de admitir que não nascemos pra sonhar ou realizar, não é  como pensam, afinal nem temos uma missão a cumprir. E isso foi nos dito desde os primórdios de nossa educação.  Quem diria! Tudo não passou de uma mentira.
Mas a vida é  tão rápida, quem nem pra lamentar achamos tempo, muitas vezes nem pra chorar, nos é  exigido demais, e acabamos dando tudo o que temos,  errados, humanos e nada mais.
Tempo pra longas conversas, agora é luxo, estamos sempre atrasados, com algum relatório um um longo trabalho pra entregar,  sempre cansados, e se deixarem, cantaremos até de descansar,  as coisas andam realmente difíceis,  devemos admitir. É  rapidez demais neste mundo,  é  tempo de menos, são erros demais, coisas que não vemos,  humanos demais.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Tanta coisa

Podíamos ter dito tanta coisa, mas nada dissemos, podíamos ter sido tanto, fomos, podíamos ter sido bem mais e melhores, talvez nem tanto assim, a verdade é  que haviam pedras na estrada, pedras postas por mim, e das quais não consigo desviar, seria mais fácil tivesse antes pensado, mas não sou bom em pensar, e de tempos em tempos,  este fato devo encarar.
Mas tudo bem, um dia passa o outro vem,  um dia ficaremos bem, a vida é  realmente estranha, as vezes as coisas acabam exatamente como começaram, e no final tudo não passa,  de um simples capricho  do destino, e o que somos afinal?  Marionetes  nas mãos dos deuses?  Como os antigos acreditavam ser? Não, não somos, embora está opção seja a mais fácil,  nem de perto é  a melhor,  o melhor é assumir responsabilidade pelos erros, receber os louros da vitória pelos acertos e viver.
Tinha tanto a ser dito, tanto que  que no final,  esquecemos o que dizer,  em minha cabeça ensaio mil e um discursos, e todos eles fazem sentido, ou fariam. Nada mais sei, sigo me esquivando do destino, que hora é  meu amigo, e na outra quer me derrubar.
Esta escrito em letras de prata, nas estrelas, não, não esta. Meu destino quem escreve sou eu, com erros e acertos, mais erros que acertos eu confesso,  mas no final sou humano, humano demais eu até diria. Mas humanos podem crescer, independente do que aconteça, evoluir é preciso, e seguir em frente com coragem de um adulto, e a inocência de uma criança, e ainda assim temos tanto a dizer, ao menos eu tenho, mas... Já não tenho ninguém a me escutar.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Questão de tempo

Talvez você naturalmente já tenha falado isso, "uma questão de tempo ". Tenho pensado  nisso ja tem algum tempo, muito tempo pra falar a verdade, mais do que eu gostaria de admitir, não foi uma questão de tempo para mim, e talvez não seja para você. Talvez seja simplesmente uma questão de escolha.
O tempo que perdi, esperando que o próprio tempo ajeita-se as coisas, fez com que eu me perdesse, muitas coisas mudaram neste meio tempo, sem que eu notasse. Enfim o tempo se foi, resta a mim lamentar, ou seguir em frente, lembrando que não é  apenas uma questão de tempo, o sucesso vem com esforço e persistência, sem isso nada cai do céu, muitas vezes até a chuva demora a cair.
Deixemos bem claro as questões; nada vem de graça, e a única coisa que talvez o tempo traga, seja sabedoria, e no meu caso em particular, acho que nem isso, agora tanto faz. Nem lembro mais de todo o trajeto até aqui, mas lembro claramente, como que fosse ontem, de tudo que perdi, e ainda perco a cada dia, sonhos e sonhos, aos poucos começam a se esvair.
Talvez tenha faltado um pouco de coragem, não deveria ter me permitido sonhar tão alto, afinal quanto mais mais alto, mais dura é  a queda, isso aprendi. Ainda há tempo, não muito eu confesso, mas há tempo para tentar resolver o que restou, se é  que algo restou, quem sabe ainda haja vida,  assumo o compromisso de tentar.
E se errar novamente, quem poderá me julgar?  Talvez o tempo diga, talvez fique em silêncio, afinal nem tudo é  uma questão de tempo.