quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Dias malditos

Todos nós nascemos livres, livres de cobiças e cobranças, livres de desejos e infâmias, livres pra viver, sorrir ou morrer. Ou ao menos era o que queriam que acreditassemos. Nos deram nomes pelos quais seriamos conhecidos, e em segredo ganhamos nossos numeros, pouco a pouco falaram quem deveriamos ser e como deveriamos agir, então fomos convidados, persuadidos ou obrigados a entrar para a festa, para a farsa, para o jogo chamado vida.
Dias malditos ainda estão por vir, dias de inverno ou inferno sem fim, levaram de nós a liberdade que acreditavamos ter, em troca ensinaram como é correto ser e agir. Disseram quais sorrisos deveriamos exibir, nos dias malditos ainda por vir, aprendemos a exibir sorrisos falsos, a ignorar a tristeza e as lágrimas e a suportar a dor. Ensinaram a usar os grilhões com o orgulho de ser un vencedor, um vencedor preso ao dinheiro, uma competição sem fim e sem sentido, uma luta contra tudo e contra todos.
São dias malditos e mal vividos, noites perigosas e mal dormidas, e assim vamos nos afogando em nossas lágrimas e tristezas, vinhos e cervejas. Pouco a pouco morremos tristes fingindo ser vitoriosos e felizes, enquanto os ditos mestres banqueteiam-se de nossa carne e bebem de nosso sangue, livres de culpa, macúla e indole, vencedores, mas que jogp é este?
Isto é viver

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Deixe-me

Deixe-me demorar em ti
Demorar - me em teu sorriso
Perder-me no brilho dos teus olhos
Deixe-me falar ao teu ouvido
Acariciar teus cabelo

Deixe-me calar a bronca com meus lábios
Ver teu rosto corar
A pálida luz do luar
Deixe-me desmanchar em amores mil
Deixe-me amar-te, como se não houvesse amanhã

Deixe-me encantar ao ouvir sua voz
Perder-me em tuas fotos
Estudar as tênues linhas em teu riso
Beijar teus lábios todos os dias
Como se fosse o primeiro dia

Deixe-me encontrar contigo
Abraçar - te enquanto o sol se põe
Ouvindo sobre como foi seu dia
Deixe-me segurar firme sua mão
Sussurrar ao teu ouvido uma bela canção

Deixe-me estar contigo
Deixe-me acompanhar teus passos
Deixe-me tatuar teu nome em meu coração
Deixe-me viver por ti
e não Deixe-me jamais

domingo, 28 de maio de 2017

Não passa

A vontade é de morrer, acho que isso já é normal em minha vida, são milhares de escolhas todas erradas, é o que acontece quando você está errado. Eu deveria ter conseguido terminar de cortar o pulso, eu deveria ter coragem de colocar uma corda em meu pescoço e dar adeus a este mundo, mas até para isso sou fraco.
Já faz tempo que tenho esta vontade de morrer, e eu deveria conseguir. É tão injusto sobreviver como eu tenho vivido, dias após dia é só decepção, e eu estou tão cansado, de tudo. E eu tô achando que não é o mundo que está errado, eu estou achando que o errado sou eu, hoje está uma bela noite pra tentar com a Gillette novamente, mas não, por que sou fraco, e não conseguirei fazer isso. Esta tudo bem, vai dar tudo certo, mentiras que digo a mim mesmo, nem chorar acho que consigo mais, não devo ter mais lágrimas para isso. Estou tão triste, e está vontade de morrer não passa... Não passa nunca.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Se foi

Se foi, mas desde então te vejo cada vez mais
É incrível como perdemos tudo tão depressa
Se foi, mas com isso levou ao menos metade
Ou toda minha vontade de viver!

Tem sido assim desde então
Eu te encontro todos os dias em outros rostos
Eu ouço a sua voz todos os dias em outras bocas
E sinto falta do teu abraço, em qualquer outro braço

Se foi, e desde então perdido fiquei
Sem chão, sem vontade, sem perdão
Se foi, e meu erro foi deixar te ir
Foi não saber lhe prender, não ser tudo para você!

Sigo em frente dia após dia
Dizendo que tudo está bem, mentindo para todos e para mim também
É pecado mentir? Se sim, fiz deste pecado um vício
E deste vício tiro forças, fraco que sou!

Se foi, e hoje sei... Não voltarás
Coisas que não tem por que pensar, mas penso!
Se foi, levou parte, ou por inteiro meu coração
Incompleto novamente, incompleto... e para sempre

sábado, 15 de abril de 2017

Setembro, 2016

Parece obra do destino,
História mal escrita,
Uma conspiração ilícita do universo,
Resta saber o que o universo tem contra mim,
e mais uma vez acabo sozinho em meu quarto,
A minha Fortaleza da solidão,
Com lágrimas nos olhos,
e um copo de bebida forte nas mãos,
Do lado de cá do meu mundo,
Por trás de todos os meus falsos sorrisos,
O lado sombrio de tudo o que há,
Até o vento sopra diferente,
É como viver no crepúsculo,
O crepúsculo que antecede a morte!
Um gole a mais, isso ainda vai me matar,
Mas de que isso importa?
A indiferença é o pior veneno que pode existir,
Tomo uma dose no café de manhã,
De todos os dias,
Por que morto, é como eu gostaria de estar.
E ainda assim, digo que tudo está bem,
Uma mentira que repito a todos,
Inclusive para mim,
Afinal de minha dor, ninguém precisa saber
Aprendi que viver...
Se resume a tentar em vão,
Esquecer do que passou,
E seguir em frente, como as águas de um tenebroso rio,
E não como as ondas do mar,
Que sempre tornam ao mesmo lugar,
E no entanto,  estou mais para onda que para rio,
Foram tantos planos e aqui estou eu,
Sem saber em que direção caminhar,
Sem saber como continuar,
Concluo então, que a solidão me cai bem,
Isso contribui para o fim,
Mas o que é o fim?
Se não mais uma oportunidade de recomeço?
As cicatrizes que se escondem em baixo desta pele tatuada,
Tem histórias a contar,
Histórias que ninguém deseja ouvir,
A solidão chegou em setembro,
2016 era o ano, lembro como se fosse ontem,
E nunca mais se foi,
O tempo passou...
Não consegui seguir
Preciso de tempo,
Mais tempo...
Mas que tempo há para mim?
...

domingo, 2 de abril de 2017

Sobre o passado

Oi, parece besteira não é? Mas acho que a grande maioria das conversas começam assim, e hoje eu só precisava de alguém para conversar, por que... Como diz a musica: "as cores lá fora me disseram pra continuar". Mas como continuar se estou perdido, desde o dia em que se foi, o dia em que destruiu tudo o que eu tinha de mais precioso. É duro lembrar, mas hoje as lembranças retornaram, fortes demais e... chorar foi inevitável.
Sim, homens também choram, sabe; este é um clichê que devíamos jogar fora, homens choram sim, mas choram sozinhos, no silêncio de um quarto vazio, com música alta, e pode parecer absurdo, mas homens choram até mesmo em silêncio. A falta que sentimos um do outro, é algo que cabe somente a mim esquecer.
"Hoje eu sei que tudo acabou, pois você não soube me amar" é a melodia de outra canção, eu evitei o fim o máximo que consegui, mas nós sabíamos que era inevitável, depois que a paixão dos primeiros dias se foi, vieram os planos, houve também o amor, então o amor logo se foi, ficaram somente os planos, assim que possível abandonamos também os planos e, depois pouco a pouco fomos nós abandonando. Foi então que vi, o quanto nos afastamos e acabamos por nos perder um do outro. Foi o fim para mim de muitas maneiras, enquanto você pareceu seguir em frente indestrutível, imparável e hoje irreconhecível. As vezes me pergunto onde esta aquela pessoa que um dia eu tanto amei? O vento hoje não me trará a resposta, e os deuses pouco se importam com isso, a culpa é minha, grande parte dela eu sei que é minha.
Mas o que seria de mim sem meus erros, e até mesmo os erros são difíceis de serem abandonados, vai saber qual deles mantém nossas paredes erguidas. Os últimos dias tem sido os piores de toda a minha insignificante vida, se é que dá pra chamar isso de vida. Eu gostaria de deixar o passado no passado, me apegar ao presente e construir um futuro, mas para ser sincero, o futuro pouco me importa. Sim, eu sei, estou preso a este passado remoto, e sei que o tempo não volta, ainda assim mantenho está ilusão para mim mesmo, esta maldita ilusão que um dia vais olhar o passado, e voltar para mim, é a minha doce loucura, mais um devaneio.
Eu estou tentando dormir, enquanto o sono foge de mim, com o Phone de ouvido no volume máximo, desejando não mais ouvir sua voz, desejando fechar os olhos e não mais ver os lindos detalhes do seu rosto, e também, desejando fecha - los para nunca mais acordar. Qual o pecado em desejar a morte? Mais um peso sobre minhas costas, dane-se, eu desejo a morte todos os dias desde aquele dia. Mais ela não vem, não é fácil viver assim, para ser justo isso nem é viver. Esta mais para sobreviver.
Eu tenho insistido em prosseguir, como uma locomotiva; devagar mais sempre em frente, e se não mais eu quiser optar por este caminho, o som em meus ouvidos passa do pop depressivo para o Rock pesado da Stone Sour, pesado mais ainda triste. "Never say forever, cause forever is a lie" com toda certeza será minha próxima tatuagem, provavelmente acima do coração, um coração idiota que insiste em bater independente do que acontece a nossa volta, um coração fraco demais para entender o fim, e uma mente forte demais para se deixar esquecer, eu não posso simplesmente me livrar do passado, pois naquele passado eu era feliz, e agora? O que restou de mim? O que mais há para ser destruído? Não há mais nada aqui.
Até quando viverei este vazio, eu acordo com medo todos os dias, e todos os dias vivo o mesmo pesadelo, pressinto que será assim até o fim dos meus dias. Aceito de bom grado este fardo que o destino me impõe, talvez seja o castigo pelos pecados outrora cometidos, e pelos outros que continuo a cometer dia após dia, noite após noite. Não importa mais, eu só precisava desabafar em silêncio antes que isso explodisse dentro de mim.
Eu vou continuar, tentando convencer a mim mesmo que isso é o melhor a fazer, um dia talvez eu entendo o por que de tudo, começa a tocar novamente a melodia triste de silverchair, miss you love, e mais uma vez eu me lembro o quanto eu sinto sua falta, o que mais eu poderia dizer: "It's gonna hurt
And I love the pain", é claro que na época eu não entendia o inglês, mas sabia que a música era triste, milênios se passaram e ela ainda esta no meu playlist, então concluo que não nasci para ser feliz, na realidade eu simplesmente nasci, quisera eu ter outra opção, mas é claro que... Isso é só mais uma loucura de minha mente doentia, outra doce ilusão... E nada mais.

sábado, 18 de março de 2017

Story of my life

Caneta, papel e um gosto peculiar por palavras tristes. Palhetas, notas mal tocadas em um violão e as mesmas músicas... trilha sonora da minha solidão. O frio chegou, e com ele a saudade do Abraço, do Beijo, do afago e também do medo, dos dias, das noites, da solidão e do destino.
A estrada a frente desemboca no vazio, e um pequeno abismo sem fim, um inferno particular, uma pequena grande cicatriz. É o nada e o tudo.
É tudo ou nada, tão perto do fim, resta saber o fim de quê? O que é o fim para mim, o que é o fim para você? Os segundos passaram lentamente, minutos, horas... Logo se foram dias e meses, o amor então, se tornou ódio dentro de mim.
Era uma linha muito tênue que os separava dentro de mim, uma dor latente, uma dor sem fim, o que é o fim se não uma chance de um novo começo? Outra linha tênue, outro limite, uma barreira a ser quebrada, e assim eu ressurjo das cinzas, e mais uma vez me reinvento.
Da dor saio mais forte, e destas ruínas reerguerei meu castelo, da cicatriz se faz a história, e por fim, da história um homem melhor se faz. Andar de mãos dadas, lado a lado com a dor, novamente, "story of my life".
Um lugar vazio, onde as pessoas vêem, fazem suas festas e se vão no outro dia, resta a mim limpar a bagunça, organizar e reconstruir, desde sempre foi assim, é quem sabe, será até o fim.

sábado, 4 de março de 2017

Apenas respire

Dei uma pausa na correria, um pause no tempo, um tempo com a vida, pausei tudo que me fazia mal, e isso é tão bom. Quando nos desligamos dos problemas, do que nos leva para o abismo, de tudo aquilo que nos afunda neste poço sem fundo, um tempo apenas para respirar, lembras que antes de ser um número, tínhamos um nome, uma essência, éramos pessoas, humanos, demasiadamente humanos, cansamos tão fácil, e parece que somos programados pra cair.
Tire um tempo para lembrar do seu nome, esqueça do número, de um pause no sistema e respire. Apenas respire, isso faz tão bem, a chuva começa a cair, mas não busque abrigo, deixe as gotas de água molharem teu corpo, sinta a vida. Sim, existe uma vida, faça uma pausa para aprender, Que há uma diferença sutil entre viver e sobreviver, isso deveria ser mais que existir. Você não é um número, eu não sou um número, nós somos bem mais do que os olhos podem ver, então por que as pessoas fecham os olhos para nós? De uma pausa e se questione sobre a vida. Esta tudo tão ruim não está? Entendo plenamente, mas não queria entender.
Veja bem que somos mutantes, e o tempo todo nos renovamos, aprendemos e esquecemos, esquecer é o mais importante na realidade, é necessário esquecer quem nos fez mal, e a estes pagar com o bem, cada um oferece o que tem. E eu já não tenho nada a oferecer, aceito de bom grado o que o universo me impõe, carrego o fardo da culpa, e nos pulsos as marcas, as marcas da minha depressão. Debaixo desta pele tatuada existe uma história triste, por baixo das vestes negras a um humano em luto, lutando pela vida, morrendo aos poucos.
Então de uma pausa, e veja, reveja sua história, antes de toda esta insanidade, você tinha uma mente sã, antes de toda esta loucura, éramos irmãos, mas agora com tantos problemas, parece que tudo está fora do lugar, então vamos dar uma pausa, colocar os pingos nos i's, arrumar nosso armário, e amar outra vez.
Vamos aprender a amar novamente, de outra chance a vida, e viva, não sobreviva, sinta o vento, a chuva, apenas sinta, respeite e transpire, você não é um número, lembra do seu nome? Ainda sabe respirar? Então respire... Apenas respire, e aguente firme.

quinta-feira, 2 de março de 2017

O vento e a solidão

Precisou de algum tempo
Muito tempo na realidade
Até que conseguisse entender
Que somos mutantes, como vento
Que hora sopra aqui, e outra acolá
Hoje brisa de verão
E de repente, tempestade sem razão
O vento, que pode refrescar tua alma
Sendo então um alento, um acalento, um recanto
E outra hora como o gelo
Vento gelado a cortar teu rosto,
Rachar teus lábios, gelo
Este sou eu
Vento de tempestades
Gelado como inverno
Suave como brisa de verão
Mil fases, mil personalidades
Louco e insano
Quase sempre dono da razão
Eu sou como o vento, que sopra independente de sua opinião
Eu sou o vento, e me vou sem destino
Me entrego sem preço
Mudo de direção, mudo sem razão
Eu sou o vento,
E meu destino é  solidão.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Desejo e paixão

Moça, não evite os pingos da chuva
Sinto - se viva, cante enquanto a chuva cai
Moça, você é tão bonita pra desistir
Sinta as gotas da chuva deslizando pelo seu corpo

Moça, você está pronta pra viver
Ao lado de quem escolher
Ou sozinha, tu é completa dona de si

Moça, deixa a chuva lavar tua alma
Sinta - se nua, despida de tudo que lhe atrasa
Moça, olhe para os lados, há tanta gente vazia
Sinta e veja, você não é apenas mais uma

Moça, viver é mais que simplesmente existir
É bem mas que apenas sobreviver
Viver é seguir completa, e um dia de cada vez

Moça, aprenda com o sol que não julga
Sinta o calor deste astro, tocando sua pele
Moça, sinta a chuva, o sol, a lua
E saiba então, que é poesia pura.

Moça, tu é completa, bem mais do que pode ver
É uma tempestade de sentimentos, sem ao menos perceber
É fogo e gelo, é tudo ou nada

Moça, você é mais, bem mais
E desejo é sedução
É poesia e paixão

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Um pouco de amor

Amor, que eu saiba não acaba
E se acabou, logo não era amor
O que foi então?
São as perguntas que movem o mundo
E não as respostas
Esta é mais uma pergunta,
De tantas que poucos ousam responder
O amor não acaba
Se acabou, foram apenas palavras
Tolas palavras;
Fortes palavras;
Ditas e repetidas;
Por pessoas tão fracas!
Me pergunto por que resolvi falar de amor
Se dele tão pouco sei
O que é o amor
Se não um querer insano,
Um desejo profano,
Um erro tão humano!
Amor é momento,
É breve, mas também eterno
É fogo, mas também gelo
É morte, mas também é vida.
Amor não acaba, isso eu sei
Mas se é transforma,
Em poesia, dor e rima
Depois tudo passa, afinal o mundo
O mundo não para por nada
E eternizados momentos
Colecionamos paixões
Abaixo das estrelas
E do belo brilho do luar
Humanos frágeis que somos
Dor amor sem nada, ou quase nada saber
E ainda assim o buscando... Sempre
O amor, somente um pouco de você.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Esquecer.

Tanto tempo já passou e eu ainda não esqueci, eu apenas parei de pensar, ocupei a mente com outras coisas, e na maior parte das vezes a dor vira poesia. E continuo a guardar minha dor no bolso, esta dor de não ser tudo o que você sonhou, tudo o que você precisou, sinto muito por não ter sido tudo para ti. Foi então que tive que assumir minha posição, e já que não pude ser tudo, decidi não ser nada. Eu mudei meus horários, meus contatos e amigos, para estar longe de ti,e ocupado demais para pensar nisso, e somente assim pude voltar a sorrir, mesmo risos tímidos e falsos, tão falso quanto o brilho destas estrelas, estrelas que mentem para mim, um brilho morto... tão morto como os meus sonhos.
Mas sonhos são como plantas, elas crescem novamente, corta - se um galho aqui, outro cresce ali, assim são os sonhos, e tais sonhos ainda vivem em mim. Como diz a canção 'enquanto não desistimos de viver, não podemos deixar de sonhar' a vida tem que continuar, e eu vou continuar, vou sobreviver. Nos dias mais nublados, o sol continua a brilhar, sempre, a suave brisa bate em seu rosto, cortando como o vento frio do inverno, e ainda estou juntando os mil cacos quebrados do meu coração, se fosse qualquer outra coisa, cola resolveria, mas com o coração é diferente. E o único remedio que conheço é o tempo, o tempo corre contra mim, o tempo é meu inimigo, e o tempo... Sempre vence

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Sorriso

O meu melhor sorriso,
O meu riso mais sincero,
Foi contigo,
O meu melhor sorriso,
Teve você por motivo,
O melhor riso foi aquele,
Que vi refletido no fundo dos teus olhos,
Quando você... sorria junto comigo.

Vou vencer!

Eu ouço a chuva batendo levemente contra o telhado, e imagino que sejam lágrimas, sim, lágrimas das estrelas que choram por nós, pela nossa história, e por tudo que desistimos de ser. Foram tantos sonhos e tantos planos, mas depois de tudo isso nós nos abandonamos, como tantos outros... Sem caminho e nem direção, como seguir?
O sorriso foi a primeira coisa a me abandonar, seguido de perto pela vontade de viver, ainda assim estou aqui, me pergunto qual foi o erro decisivo, e quem é o culpado por tudo isso, se há alguma culpa, agora que acabou não adianta pensar sobre isso, seguir é o principal, tenho feito.
A chuva continua a cair, são lágrimas das estrelas, dos deuses que por nós conspiraram, mas nem todo o amor que tínhamos fora suficiente para manter nossa união, quem sabe o que faltou? Quem sabe um dia voltamos a nos encontrar mais maduros, e talvez possamos até rir de tudo, nos abraçar e nos perdoar, a vida é curta demais pra guardar rancor, por isso lhe desejo o melhor sempre.
Espero que um dia possamos nos sentar de frente um para o outro, mesmo que seja como amigos, tomar um copo de café, olhar dentro dos olhos, as janelas da alma entre abertas, e saber que tudo deu certo. O destino já está escrito, como mudar o que já foi a tanto tempo pelos deuses planejados? E afinal de contas o que os deuses planejaram? Tantas perguntas, mas as respostas nunca tenho. Acho que afinal o mundo está conspirando contra mim.
Tento construir um mundo melhor, e isso é para mim mesmo, eu preciso aprender a viver. Sem depender de mais ninguém, só assim serei feliz, minha felicidade é responsabilidade minha, e não vou depositar isso em mais ninguém,  agora sou eu contra o mundo, sou eu contra todos, e desde já aviso... Vou vencer.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Sim, podemos

Todos nós temos memórias que gostaríamos de esquecer, é uma verdade universal, Memórias fazem parte, e se as que você tem lhe machucam, faça novas! Fácil falar e difícil fazer, eu sei como é, estou passando por isso.
Saudade nos transborda as vezes vazam pelos olhos, culpa das memórias, mas as memórias são resultado de escolhas, e quem fez as escolhas fomos nós, e todas as escolhas que fizemos nos trouxeram até aqui, aprenda com isso, aceite e cresça.
Se sua história não está boa, vire à página, caso não melhore, troque o livro, velhos clichês, eu sou um clichê. Mas também sou o autor de minha própria história, assim como você, sabemos que temos a liberdade para mudar a qualquer momento, o roteiro está ruim? Troque os artistas, mude os figurantes e o par romântico, faça acontecer.
Todos temos dias ruins, não se decepcione com eles, todo dia acaba, se inicia outro, e o sol vai voltar a brilhar, enquanto isso aproveite a sombra! Cada momento um aprendizado, sorrisos são tão caros e lágrimas são de graça, com elas lavamos nossa alma, e fortalecemos nosso futuro.
Estando triste ou não, de que importa? Vivendo eu aprendi que quando esboço um sorriso, o mundo todo sorri junto comigo, mas quando choro... Estou sempre sozinho.
É bom estar sozinho, como diz a canção "se ver o sol não fosse tão irreal, sorrisos eternos, talvez tão falso quanto os meus" meus risos falsos, minhas lágrimas de verdade.
Mas não estou sozinho em meio a isso, nem você, nenhum de vocês, estamos juntos, e podemos vencer.
Eu sei que podemos!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Eu não vou dizer

Não direi que te amo!
É que você já sabe, e  parece clichê
Me parece hipocrisia, repetir dia após dia
Tentando lhe convencer!

Eu não direi que te amo
Mesmo que isso arda, e doa dentro de mim,
Vou guardar em silêncio, vou seguir

Não direi que te amo,
Mesmo no silêncio de meus lábios,
O brilho de meus olhos deixam transparecer
E você sabe, então não direi

Não direi que te amo,
O brilho dos olhos, da janela da alma,
Basta observar, e logo não precisa dizer.

Não direi que te amo,
Como se houvesse necessidade de lhe convencer
Por que simplesmente te amo,
E isso todos conseguem ver!

Não direi que te amo,
Ou direi? Já não sei...
Só sei que isso, não preciso esconder!

"Seria o fim do poema,
Ou o poema o começo do fim?"

12-11-2014

sábado, 14 de janeiro de 2017

Palavras não ditas

Não sei se eu olhava a lua
Ou a lua olhava pra mim,
Não sei se lembrei me dela
Ou na verdade nunca a esqueci
Há algo que falta, alegria talvez,
Há algo de errado, o mundo? Não sei
Perco meu tempo, a procurando em outrem
O tempo não volta, e me perco também.
Estou tão cansado, mas do que eu não sei
E fiz tantas perguntas, mas respostas, quem tem?
Se nisso tudo, tesouro existiu
Alguém me roubou
Levou todo o ouro
E meu coração, em cacos partiu
Coisas que escrevo e arquivo
Tantas coisas que deveria ter lhe dito
Cartas, frases, palavras
Que não chegam até você
Tudo aquilo que um dia, eu devia ter dito
Antes de lhe perder
É que eu posso até estar errado,
mas eu só sei amar você

domingo, 1 de janeiro de 2017

Folhas brancas, palavras vazias

Hoje as folhas voltaram a cair,
Secas e pesadas como pedras,
Sobre meu coração, despedaçado
Em mil pedaços espalhados pelo chão.

Quais serão as angústias que me aguardam?
Quisera eu saber, Quisera eu voltar o tempo
E viver tudo que foi bom, de novo
Quisera eu a felicidade, que por entre os dedos... Me escapou.

É tudo um jogo, de muito mal gosto
O tempo, o mundo, o tudo
Nada sei do amanhã, o ontem já passou
E agora me perco, sem direção, tão pouco vontade.

O cansaço me dominou, e da vida?
Nada quero, nada espero, apenas vivo.
Não recomendo.
Qual o tempo necessário, passado presente ou futuro; confuso

Viajo por entre palavras, sem saber a pronúncia,
É um devaneio novo, nada demais,
Vinde a mim morte querida, Vinde sem demora
Ontem passou, agora perdido estou, e sobre o amanhã? Quem conhece?

É tanta raiva dentro de mim,
Há tanto ódio éxplodindo pelas minhas veias,
Tantas folhas secas, pesadas, e embaixo? 
Pobre coração, dilacerado, mil pedaços

Sem salvação.