quinta-feira, 29 de setembro de 2016

A hora de partir

Todos têm o direito de desistir, depois de terem sido fortes demais, por tempo demais, suportando coisas demais, com meus heróis foram assim, os melhores partiram de overdose, por que não?  Não parece uma má idéia, quando analisada de perto.
Então eu deveria realmente desistir, e o que devo fazer? Eu resisti por muito tempo, e, já não tenho mais forças pra continuar, então o que devo fazer nos próximos dias, provavelmente seja inevitável, é  meu destino, foi pra isso que nasci, e, acho que a morte já me esperou por muito tempo, falta pouco, e tenho muito a decidir.
Como vai ser destino? Só imploro que me deixe partir, quando a hora chegar, e ela logo chegará,  não levarei arrependimentos desta vida, somente um pouco de dor, nada de amor, acontece.
E a vida nada mais é que um sopro, Uma brisa leve, que logo chega ao fim, até que demorou, mas a decisão foi tomada, sou homem, não voltarei atrás jamais. Tenho que partir, a vida vai seguir para todos, por alguns dias talvez lembrem de tudo que não fui, nada fui, e nada serei. Uma vida inútil,  uma morte inútil,  apenas mais um. É  chegada a hora, a hora de partir.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Saída de emergência

O relógio parou, ou será que enlouqueci?
Outro copo de café, pois não posso dormir,
Teria o tempo parado para mim?
São apenas armadilhas da vida, foi o próprio diabo, quem me contou outro dia,
Vai ver é por isso,
Que o relógio já não gira, desde aquele dia,
Foi dia de lágrimas, e sangue
Foi dia de agonia!
O próprio diabo me abraçou,
Eu, ele é a solidão,
Trevas, minha vida, e nada mais.
O que se segue, é sempre uma incógnita,
Se meu advogado é o próprio diabo
Que esperança hei de ter?
Depois do erro a redenção, é o que dizem
Quisera eu acreditar, que minha vida não foi em vão
Ter uma saída de emergência, é sempre bom
Seriam os pulsos? Eu hei de descobrir
O relógio continua parado, e eu?
Enlouqueço um pouco a cada dia, pobre de mim...
Pobre diabo, o sangue, o tempo
Os pulsos, uma saída.

Soneto de despedida

A vida passou, e me deixou aqui,
Sem saber para onde ir,
Sem mapa, radar ou direção,
A vida simplesmente me deixou

Fiquei só, pela janela
O horizonte a olhar,
No azul do céu, emaranhado de nuvens,
A vida continua a passar,

Que fraco que sou
Que não consigo seguir,
Esquecer, a dor que sinto

Tudo se foi, nada restou,
Ficou o vazio, do tempo que passou,
E do que eu sabia, tudo se apagou

domingo, 25 de setembro de 2016

Início, meio e fim

O bem e o mal, existem sim
Dentro de cada um de nós
Bem como a sabedoria e a loucura
Separados apenas por uma simples e tênue linha.

Se enlouqueço um pouco a cada dia
Pouco ou quase nada sei
E assim Pergunto - me quando,
E onde, aprenderei a viver.

Foi um lapso de tempo
E por muito tempo, a felicidade busquei
Mas felicidade pra poeta? Que ilusão
Poesia é amor, é dor. Apenas isso

Deixei então, a sonhada felicidade pra lá
e Abraço hoje meu destino
Seja ele poesia e solidão, dói e frustração
E a loucura hoje jorra como sangue, de dentro de mim

São só palavras sem nexo
Palavras lançadas ao vento
Minha vida, um poema...
E tem início,  meio e fim.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

"Estou bem"

-Olá, tudo bem? Diga - me, como você está?
A pergunta ecoa dentro de nossas cabeças por certo tempo, não é verdade? São tantas dúvidas,  onde antes tínhamos certezas, e hoje a única certeza, é que um dia tudo acabará, mas um meio minuto, e responderei:
-"tô bem"
Mas e quem sabe o que esconde este "tô bem"? Quem sabe em quantos pedaços seu coração foi partido, e quantas facas há fincadas em suas costas? Mas você continua falando que "tá bem" afinal, de suas verdades e suas dores, ninguém precisa saber.
E mente para si mesmo a cada dia, dizendo quê, se as coisas não estão tão bem assim, logo vão ficar, o mundo vai girando, e vai colocando as coisas no lugar. Mente para si mesmo, para manter a esperança viva, não é mesmo? Eu vou te falar, que eu sei como é. Eu sinto está dor, talvez não a mesma, mas tenho as mesmas facadas nas costas, e também carrego no peito, um coração dilacerado, e um corte aberto, que não cicatriza, e cada dia mais... dói, mas ninguém vê, e ninguém vai saber.
Todos os dias, antes de sair de casa, visto - me do meu melhor sorriso, Levo comigo minha melhor máscara, é apenas mais um dia, um dia que "tô bem", vou seguindo meu caminho sozinho, sou uma ilha, em meio a tantas outras, sem conexões  com outros mundos. Tenho um mundo só meu, nele há uma fortaleza, um muro forte, nada nem ninguém pode derrubar.
E antes de dormir, penso se venci, ou fui vencido, faço planos novamente, e no outro dia juro a mim mesmo, que vou vencer,  e um dia vou... Eu sei. Vou caminhar.
Procuro alguém, em outra ilha, que caminhe ao meu lado, haverá alguém?  Alguém que assim como eu, também "tá bem"? E juntos ficaremos bem. Quem sabe, vai dar certo, é claro que vai, as estrelas me contaram, e a lua me segredou, que tenho direito a vencer, a vitória é minha, é nossa, basta querer.
Então me de sua mão, vamos caminhar. Fazer do passado um rascunho, e um mapa para o futuro,  guardar os melhores sorrisos, dos momentos que se foram.
Me dê sua mão, vamos caminhar, não posso arrumar meu passado, nem o teu, mas podemos comprar, construir, e escrever um novo amanhã,  me dê sua ilha, sua mão,  venha comigo... Vamos caminhar. Recomecar.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

O ponto final.

O que dizer? Quando se acorda com o mundo caindo sobre você?
Como se em uma manha perfeita, uma tarde linda de outono, e acabando;
Uma noite sombria de inverno...
O que fazer quando tudo ao seu redor parece estar contra você?
E quando as estrelas não mais conspiram em nosso favor?

Seria loucura desejar a morte para se livrar do peso da dor?
Olhe no espelho... Lave seu rosto e contemple seus olhos vermelhos,
Cansados de tanto chorar!

Quando a noite sombria e escura começa a te assustar!
E você deseja com todas as suas forças que a morte te encontre e te livre...
Do medo... O medo de não mais amar!

O que mais te apavora? Quando você olha ao seu redor e não vê nenhuma opção,
Nenhuma estrada para trilhar, nenhuma porta aberta,
E os amigos estão todos a se afastar!
Corra em direção ao pôr-do-sol, Não deixe que ele se vá...
E com ele sua vida... Não desista, falta pouco para a felicidade voltar

O que te faz feliz? Quanta for você pode suportar?
Escute as vozes dentro de sua cabeça, Que ordenem os cortes,
Nos pulsos, as linhas... as marcas, os cortes... a depressão...

A escolha é sua, sempre foi!
Agora contemple a conseqüência dos seus atos, e veja o sangue dos seus pulsos a escorrer,
O que te faz feliz? A dor é sua companheira!

Dor e solidão, Companheiras intimas, Fiéis, Nunca irão te deixar,
Veja a luz no final do túnel, não é a felicidade, se chama morte,
Mas a morte pode ser paz. Tudo depende de você... e do que pode te deixar bem,
Que os deuses de acompanhem em sua jornada... Até Arcádia,
Ou pra onde tu quiser chegar!

A felicidade, as marcas... Solidão, Dor e Depressão!
Os cortes, os pulsos, o sangue, a morte...
O que você deseja?

E por quantas vezes você tentou em vão ser feliz?
Por quantas vezes a felicidade escapou por entre os dedos de suas mãos?
Quantas e quantas vezes você chorou ao ouvir um não?

Bastaria a solidão, bastaria a dor
Por que felicidade? É ilusão!
E disso todos sabem...
Os pulsos, o sangue, os cortes e a morte...
O fim... O ponto final.

Duelo de egos

Hoje eu acordei, em meio a gritos de minha mente doentia, parte dela gritava; pare e desista, contra gritos de vamos seguir em frente, egos opostos dois lados meus, razão e emoção dublando, cérebro e coração em guerra, e gritei,  com os lábios fechados pela dor,  pedi silêncio. Eu preciso do silêncio.
Mas minha mente tão turbulenta já não me ouve mais, e meu coração cego pela dor, só pensa em parar, eu estou perdido em meio ao caos, é só uma crise e vai passar, tudo passa quando morremos, não é mesmo?
Levantei contra minha vontade, pôs a vontade era dormir pra sempre, vesti o jeans surrado de sempre, e a camisa negra como minha alma, sinal de luto... Há uma parte de minha que morre cada vez mais, dia após dia, e o corpo insiste em continuar.
As cicatrizes são profundas, debaixo destas vestes negras, ninguém deveria sofrer assim, é sofro em silêncio, já não penso em reagir. Guardo minha dor a sete chaves, mas uma hora ou outra isso vai explodir, não quero estar lá quando acontecer, por que quando acontecer, tenho certeza que será o fim.
Há quem diga ser o fim um novo começo, besteira, mentiras que contam pra mim, ainda há aqui esperança,  a última a morrer, mas no final todas as coisas morrem, esta é a lei.
Tenho me sentido como um fantasma, eu ando,  na contra mão, esperando pela colisão, pelo ponto final, o convite para a escuridão.
Quando a hora chegar, e as sete chaves falharem, quando esta bomba explodir dentro de mim, aceitarei meu destino, de peito aberto, vou abraçar a escuridão, e partir com a solidão, para os campos floridos da morte, doce ingratidão. Vivi, e foi em vão.
Estas palavras sem nexo, exemplificam o caos, o caos instaurado dentro de mim, guerra entre luz e escuridão, cérebro e coração, mas infelizmente, nesta batalha... Quem está perdendo sou eu. E no final, serei apenas um fantasma, se é que algo serei.
Aceito o destino já escrito, dor e sofrer. Aceito está ferida aberta em meu peito, suas palavras ainda doem,  como os cortes em meus braços, o gosto de sangue fresco em minha boca. O sabor da culpa que me fere, o ódio que me cega, a morte que me persegue... E,  nada mais sou.

domingo, 18 de setembro de 2016

Amor, não deveria ser assim.

Não sei porque fui abrir está janela,
Sabendo que lá fora, só haveria a dor,
E amor... Não deveria ser assim,
Deveria ser feliz.

Os cortes no braço, e o sangue que se esvai, dia-apos-dia
Lágrimas pra chorar, acho que já nem tenho mais
O que trago em mim, é está vontade imensa,
Este desejo de morrer,
Mas o amor,  não deveria ser assim.

Porque fui abrir está janela afinal?
Vi as cores do dia, nublado, escuro, cinza
Parecia até minha vida,
Mas a vida, não deveria ser assim.

Outro corte no  braço,  observo o sangue cair,
A dor ameniza por um tempo,
Mas como todos sabemos, ela logo voltará,
O vento sopra lá fora, agitando meus cabelos,
Cortando meu rosto, mas o amor, não deveria ser assim.

Fico aqui entre o sangue e as lágrimas, de um coração...
Dilacerado, esperando por um sinal do além,
Aguardando a morte, que virá logo, eu sei,
Mas o amor, não deveria ser assim.

Encaro a morte dia-apos-dia,
Uma saída de emergência,
Outra janela aberta,
O amor é assim

É a dor que volta,
Eu já não aguento mais,
São versos terríveis,
A procura da paz,
A vida é assim.

Escolher a hora certa para a morte,
Reconhecer que já não dá mais,
O amor, a vida,
A morte é assim.

Vai vir devagar,
Vai machucar muito e cada vez mais,
Amor, não deveria ser assim
Vida, não deveria ser assim
Morte, apenas a morte deve ser assim.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Pensamentos Suicidas.

Por que será que tudo isso acontece? A vida passa tão rápido, e no final, parece que... esquecemos de como viver, gostaria de ser o mesmo que eu era a 7 anos atrás, mas de uma hora para outra tudo mudou, eu não estava preparado. E certezas que eu tinha, viraram duvidas, uma mente entrando em colapso, você sabe como é isso? Sabe como é ter seu coração dilacerado por dentro, enquanto você ainda esta vivo, será que realmente sabe?
Sabe o que é sentir como que uma faca estivesse cravada em seu peito, mas sem ver o sangue, já sentiu tanta dor a ponto de procurar qualquer coisa que fizesse esta agonia passar? Será que sabe? Eu sei...
“eu quis o perigo, até sangrei sozinho, entenda...”
E realmente sangrei, a dor foi embora por alguns minutos, e houve uma sensação boa, por alguns momento a dor e o sangue quente em meu braço me distraíram, e agora, toda vez que a agonia vem, eu já tenho a solução, um novo corte... já são tantos. Logo só restara um lugar pra cortar. Pergunto-me será que dói? O alivio demora a vir? Como será, simplesmente deixar de existir.
Coragem para isso, São apenas dois cortes, Fundos e certeiros, e tudo vai passar, vamos em frente, já não temos por que parar. Você sabe tanto quanto eu que nada mais faz sentido, então vamos desistir de tudo, deixar tudo, e partir em uma viagem só de ida, vamos encarar como uma aventura. Questão de escolha, mas será que dói?
Vamos atrás de algumas pílulas, uma dose letal talvez seja a solução, uma partida sem dor, já tentou, sabe como é difícil conseguir tais medicamentos? Eu sei, comecei a procurar á alguns dias, agora a receita, tem que ser uma falsificação muito bem feita, afinal ninguém pode desconfiar de nada. Sabemos que no final é tudo sempre igual, sempre um ponto final.
Você realmente tem motivos para desistir, já tentou todas as demais alternativas? Sim eu já tentei de tudo e já chega. Vamos lá.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Apenas vença.

Esqueça tudo de mal que aconteceu aqui, faça dos erros o rascunho de uma nova história,  esqueça tudo, reinvente - se,  só não se esqueça de como levantar e caminhar, isso nunca. Sabe, existem pessoas e pessoas neste mundo, é algumas delas vão tentar te derrubar,  cair algumas vezes é  preciso, apenas para levantar - se mais forte,  lembre - se sempre: a vitória só vendo pra quem nunca desiste.
E desistir por que? Se a cada dia há um mundo novo esperando para ser descoberto, vai lá,  se joga cara, lembre da frase do grande William Shakespeare "não importa em quantos pedaços seu coração está partido, o mundo não para... Para que você o conserte. Então vai lá fora e encha seus pulmões com o ar, e seja livre, não se renda a um pedaço de chão, ou a uma história mal dita, afinal a história se escreve todos os dias. Levante - se e viva.
O que você tem a perder? O que não é seu pode ter certeza que o mundo vai levar embora, um dia após o outro e todos ficaremos bem, fé?  Temos que ter sim, mas em nós mesmos e em nossas capacidades?  Já ouviu o clichê?  "Ninguém sabe o quão forte é,  até ter que ser", cara é a mais pura verdade. E nós podemos ser tão fortes.
Sorria sempre, demoramos pra aprender que não precisamos gelar e escurecer o mundo com nossas sombras, esta doendo não está?  Mas as pessoas precisam realmente saber? Vai lá cara,  faça seu melhor, dê a volta por cima,  lembre que " tudo vale a pena, se a alma não é pequena", vai lá e vença.
Sem sacrifício não há vitória,  e o caminho para a vitória não é nada fácil meu amigo, por isso temos que lutar, enquanto tiver uma gota de sangue em suas veias lute, feche os punhos e sorria, só ria, mas não demais. Tudo que é demais faz mal. Ache o equilíbrio e vamos lá, vamos vencer,  claro que vamos.

domingo, 11 de setembro de 2016

Só penso em partir

É tão ruim está sensação, fazia tanto tempo que não sabia o que era isso, faziam tanto tempo que eu já não sabia o que é estar sozinho, e muito menos este súbito desejo pela morte. Sem exagero. Como isso dói.
O que é isso que foi me matando aos poucos, arrancando um pedaço de mim a cada dia, e hoje?  Quase nada restou, o castelo tão forte que eu tinha, ruiu e veio ao chão, todo de uma vez, e o pior é que já não sei como reergue-lo. Este é o mal de confiar sua vida nas mãos de outra pessoa. Por que pessoas erram, são como pássaros, que crescem, mudam, voam, e vão para longe. Não temos controle sobre isso, e depois acabamos sofrendo,  e que dor terrível é  está, este corte que não sangra, mas também não cicatriza, não se cura, lateja e dói cada vez mais.
Pudera eu amar por nós dois, dez vezes mais eu te amaria, se eu pudesse mudar nosso passado, tudo que errei eu apagaria, mas nem todos os erros foram meus. Eu estou perdido em mais uma noite sem sono, parece que estou em uma noite sem fim. Um pesadelo acordado. Não sei se posso continuar.
Não é covardia, talvez seja um pouco de medo, medo do amanhã, e a culpa é minha, por esquecer como é viver sem ter você. Como eu pude acreditar que seria pra sempre? Que triste que estou, mas a quem isso importa?  As tristezas e alegrias pertencem a cada um de nós, não há o que fazer. Me entregar e morrer, de uma vez ou aos poucos, já não sei mais.
Aguentar o quanto puder, e quando já não puder mais vou desistir,  não é fraqueza, tão pouco covardia. É coragem de assumir que estou perdido, e já não sei o que fazer,  nem como agir,  sozinho, eu só penso em partir.