sábado, 18 de março de 2017

Story of my life

Caneta, papel e um gosto peculiar por palavras tristes. Palhetas, notas mal tocadas em um violão e as mesmas músicas... trilha sonora da minha solidão. O frio chegou, e com ele a saudade do Abraço, do Beijo, do afago e também do medo, dos dias, das noites, da solidão e do destino.
A estrada a frente desemboca no vazio, e um pequeno abismo sem fim, um inferno particular, uma pequena grande cicatriz. É o nada e o tudo.
É tudo ou nada, tão perto do fim, resta saber o fim de quê? O que é o fim para mim, o que é o fim para você? Os segundos passaram lentamente, minutos, horas... Logo se foram dias e meses, o amor então, se tornou ódio dentro de mim.
Era uma linha muito tênue que os separava dentro de mim, uma dor latente, uma dor sem fim, o que é o fim se não uma chance de um novo começo? Outra linha tênue, outro limite, uma barreira a ser quebrada, e assim eu ressurjo das cinzas, e mais uma vez me reinvento.
Da dor saio mais forte, e destas ruínas reerguerei meu castelo, da cicatriz se faz a história, e por fim, da história um homem melhor se faz. Andar de mãos dadas, lado a lado com a dor, novamente, "story of my life".
Um lugar vazio, onde as pessoas vêem, fazem suas festas e se vão no outro dia, resta a mim limpar a bagunça, organizar e reconstruir, desde sempre foi assim, é quem sabe, será até o fim.

sábado, 4 de março de 2017

Apenas respire

Dei uma pausa na correria, um pause no tempo, um tempo com a vida, pausei tudo que me fazia mal, e isso é tão bom. Quando nos desligamos dos problemas, do que nos leva para o abismo, de tudo aquilo que nos afunda neste poço sem fundo, um tempo apenas para respirar, lembras que antes de ser um número, tínhamos um nome, uma essência, éramos pessoas, humanos, demasiadamente humanos, cansamos tão fácil, e parece que somos programados pra cair.
Tire um tempo para lembrar do seu nome, esqueça do número, de um pause no sistema e respire. Apenas respire, isso faz tão bem, a chuva começa a cair, mas não busque abrigo, deixe as gotas de água molharem teu corpo, sinta a vida. Sim, existe uma vida, faça uma pausa para aprender, Que há uma diferença sutil entre viver e sobreviver, isso deveria ser mais que existir. Você não é um número, eu não sou um número, nós somos bem mais do que os olhos podem ver, então por que as pessoas fecham os olhos para nós? De uma pausa e se questione sobre a vida. Esta tudo tão ruim não está? Entendo plenamente, mas não queria entender.
Veja bem que somos mutantes, e o tempo todo nos renovamos, aprendemos e esquecemos, esquecer é o mais importante na realidade, é necessário esquecer quem nos fez mal, e a estes pagar com o bem, cada um oferece o que tem. E eu já não tenho nada a oferecer, aceito de bom grado o que o universo me impõe, carrego o fardo da culpa, e nos pulsos as marcas, as marcas da minha depressão. Debaixo desta pele tatuada existe uma história triste, por baixo das vestes negras a um humano em luto, lutando pela vida, morrendo aos poucos.
Então de uma pausa, e veja, reveja sua história, antes de toda esta insanidade, você tinha uma mente sã, antes de toda esta loucura, éramos irmãos, mas agora com tantos problemas, parece que tudo está fora do lugar, então vamos dar uma pausa, colocar os pingos nos i's, arrumar nosso armário, e amar outra vez.
Vamos aprender a amar novamente, de outra chance a vida, e viva, não sobreviva, sinta o vento, a chuva, apenas sinta, respeite e transpire, você não é um número, lembra do seu nome? Ainda sabe respirar? Então respire... Apenas respire, e aguente firme.

quinta-feira, 2 de março de 2017

O vento e a solidão

Precisou de algum tempo
Muito tempo na realidade
Até que conseguisse entender
Que somos mutantes, como vento
Que hora sopra aqui, e outra acolá
Hoje brisa de verão
E de repente, tempestade sem razão
O vento, que pode refrescar tua alma
Sendo então um alento, um acalento, um recanto
E outra hora como o gelo
Vento gelado a cortar teu rosto,
Rachar teus lábios, gelo
Este sou eu
Vento de tempestades
Gelado como inverno
Suave como brisa de verão
Mil fases, mil personalidades
Louco e insano
Quase sempre dono da razão
Eu sou como o vento, que sopra independente de sua opinião
Eu sou o vento, e me vou sem destino
Me entrego sem preço
Mudo de direção, mudo sem razão
Eu sou o vento,
E meu destino é  solidão.